sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Nossas palavras são o que somos.

Estigmatizar indivíduos tem sido uma prática recorrente na sociedade atual, ora na tentativa de selecionar pessoas, ora de depreciá-las. Uma das formas de caracterizar alguém intelectualmente é observar o seu discurso: se rebuscado, pensa-se que provém de um intelectual com bom acesso a educação; se mais simplista e comedido, de alguém desventurado de boas chances.
Tudo isso se reflete na percepção dos outros sobre aquele que se expressa. A condição social das pessoas pode ser um fator determinante para definir seu vocabulário, sua percepção de mundo, a profuindade de seu discurso; mas isso não é uma regra. Dizer que os que conseguem se expressar de maneira mais clara e contagiante são oriundos apenas das classe sociais mais abastadas é um erro. Os mais humildes também podem exercer influencia com seu discurso, desde que a oportunidade de adquirir conhecimento seja dada. Este é o grande "x" da questão.
Os investimentos em educação de qualidade para todos pode ajudar a tornar o discurso do brasileiro mais sensível e igualitário. O fato é que o modo em que usamos nossas palavras influencia diretamente em nossa vida profissional, molando uma imagem que a sociedade faz de nós, que é de suma importância ser positiva, por conta do mercado altamente seletivo.
É fato que as palavras traçam uma parte do perfil do cidadão, mas, por conta disso, não podemos analisar apenas por este viés. Existem outras vertentes, tanto intelectuais quanto morais, para tentar compreender melhor a individualidade do próximo. é preciso agregar conceitos pra estabelecer um parâmetro justo do que realmente somos.




Muita luz a todos!